A maneira de comprar dos clientes, atualmente, é muito diferente daquela realizada há 15 anos, obviamente. A mais importante diferença é que, hoje, os clientes fazem sozinhos a maior parte de suas pesquisas de compra, com inúmeras fontes de informação a respeito dos produtos, na maioria das vezes no ato da aquisição. No momento em que um cliente chega ao vendedor para começar a concluir a compra, em 60% dos casos sua decisão já está tomada. Isto quando já não estão convictos, em sua totalidade, sobre o que vão comprar.
Se você estivesse interessado em comprar um carro, há 15 anos, provavelmente iria até uma concessionária para um aulinha sobre o veículo com o vendedor, pegaria alguns folhetos com informações técnicas e sairia, quem sabe, para um test drive. Atualmente, você provavelmente acessaria alguns sites de montadoras diferentes, buscaria por avaliações populares e reviews, consultaria o valor de revenda, além de perguntar a alguns amigos no Facebook sobre o assunto. Clientes C2B usam hoje, em média, sete fontes para filtrar a aquisição, de acordo com Peter Burris, da Forrester.
Resumindo, clientes estão mais informados, por buscarem informações por si só e usam basicamente a internet para essa pesquisa. Aliás, caso você não tenha notado, clientes odeiam marketing e não confiam em e-mails que mandamos ou no discurso publicitário nos encartes e demais mídias.
Nós evoluímos, partindo de uma economia de informações, onde o conhecimento era o poder, chegando ao tempo em que a informação é uma commodity. Indiscutivelmente, Starbucks e iPhone começaram um modelo de negócios em que a expericência do usuário e a interface do usuário são o poder. Mas, isso ainda abre espaços para um relacionamento em que a confiança é esse poder. Confiança em seus valores, sua ética, habilidade e experiência, assim como sua habilidade na entrega, sua rodagem.
10 passos para construir uma estratégia de sucesso em marketing de conteúdo
1- Torne-se um expert. Você quer que seus clientes te ouçam? Você ser um líder referente? Então, seja um expert em algo. Não se deve simplesmente contratar um redator e delegar tarefas como escrever 20 textos como conteúdo. (Você até pode, mas isso não funcionar a longo prazo). Isso não é fácil ou rápido, mas, sim, um elemento crucial no marketing de conteúdo. Seja o melhor em algo, e logo escreva sobre isso.
2- Seja útil – Nesta era de facilidades, as pessoas compram de quem confiam. Escrever, didaticamente, conteúdo de utilidades pode ajudar na construção da confiança. Isso pode também ser usado para provar sua capacidade – ou marcar sua referência na área do discurso do marketing de conteúdo.
3- Coloque-se no lugar de seus clientes. Para ajudá-los, você não pode escrever sobre seus próprios produtos, mas, sim, a partir do ponto de vista do cliente. Eles não se importam com seus produtos. Faça com que o assunto seja sempre sobre o cliente, e não sobre você. Se você escreve sobre sua empresa e seus serviços/produtos, se torna panfletagem e, não, marketing de conteúdo. Comece com contexto do cliente, explore seus problemas e em como solucioná-los.
4- Expresse seus valores – como Simon Sinek explica brilhantemente neste vídeo, as pessoas não compram o que você faz, mas o porquê de você fazê-lo. Seu conteúdo reflete seus valores e deve expressar seu ponto de vista, ao que você e sua empresa se propõem. Você não tem de estar sempre certo.Ás vezes é mais importante ser diferente e abraçar valores que seus clientes partilham.
5- Torne interessante – seja controverso, explorando maneiras de fascinar os clientes. Promova o entretenimento, aconselhando, guiando. Use ilustrações, gráficos e vídeos. Infográficos são fáceis de serem consumidos, mas os clientes lerão, sim, os longos artigos e relatórios desde que sejam interessantes e úteis.
6- Seja pessoal. As pessoas não se conectam com marcas, mas com outras pessoas. Estratégias de conteúdo e sociais podem trabalhar juntas, com conexões pessoais entre quem compõe a sua companhia e seus consumidores. Mídias sociais podem ser usadas para transformar uma relação B2B em P2P.
7- Pense como um editor. Isso significa que você, provavelmente, tenha que começar uma agenda de conteúdo, contratando um editor-chefe, construir um editorial e preparar um quadro de editorias. Esse é o novo marketing: é mais instruir do que difundir.
8- Seja multi-plataformas. Maximize seu conteúdo: “criar um bom conteúdo e empilhá-lo, para, a partir daí, torná-lo posts de blog”?. Por que não, em vez disso, criar alguns slides e transformá-lo em apresentações de slideshare ou slidecast?. Um vídeo no YouTube e um podcast não estão descartados. Tuíte sobre tudo isso.Todo conteúdo é convergível e postado em seu site. Além de divulgado nas mídias sociais, desde que seja feito da maneira correta.
9- Otimize sua essência SEO. Um marketeiro sagaz conhece seus clientes e sabe que problemas estão tentando resolver, além das palavras-chave usadas por eles nas buscas por respostas. Tire vantagem desse conhecimento quando escrever. Você não precisa ser, necessariamente, um expert em SEO, mas saber quem o é, e buscar algumas dicas.
10- Faça disso uma prioridade. Marketing de conteúdo, assim como mídias sociais, são importantes atividades de marketing. Elas não podem ser rebaixadas a “quando você tiver um tempo” porque nunca temos um tempo extra. Isso deve ser parte da descrição do seu trabalho ou a tarefa de período integral para alguém. Se é importante, deve ser prioridade.